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dezembro 2013

O que é pra mim o Parkour (Por Kamesson Fernandes)

sábado, 28 de dezembro de 2013 0




Primeiramente bom dia, boa tarde, boa noite. Meu nome é KAMESSON . ISSO MESMO! KAMESSON! NÃO SE ASSUSTEM!
Bem, eu comecei a treinar Parkour por vontade de passar um dia com dois amigos que tinham me afastado por muito tempo e queria voltar a ter vínculos com eles. Não esperava que fosse me apaixonar mais pelo parkour do que por eles. Mas isso não vem ao caso agora. Quer dizer, sim, vem sim! Porque os viadinhos não estão mais treinando tanto ao meu lado agora!.
Com o passar do tempo, minha vontade de começar a treinar se tornou minha própria vontade, ou seja, ‘’Que se danem os dois viadinhos agora eu quero é jumpar!’’.

Na verdade sou muito agradecido a eles, pois eles me apresentaram um novo mudo , uma nova maneira de ver meio fios, banquinhos de praça e por aí vai. Conheci novas pessoas. É. Melhor ainda. Conheci novos ‘’amigos’’. Isso que é o mais interessante no Parkour! É uma atividade física que une as pessoas, não é um esporte, pois não há competições. O único propósito é unir pessoas a praticar algo que vai lhe fazer bem de todas as maneiras; não trazendo o mérito de o melhor, para ninguém; apenas trazendo conforto, lazer, superação e é claro novos amigos.
Hoje já faz 1 ano e 7 meses que pratico, muito pouco tempo, mas bem... Se sou um homem e consigo amar uma mulher em 3 meses de namoro (como eu fiz), porque não posso amar o parkour de toda minha alma e tentar digitar um pouco sobre ele .
Certo dia estava conversando com uns amigos no treino e perguntei a eles: Qual foi o melhor movimento que vocês fizeram? Eles se bateram muito para responder e humildemente acho que achei a melhor à resposta e ela é: ’’NO PARKOUR NUNCA VAI HAVER O MELHOR MOVIMENTO QUE VOCE JÁ FEZ, POIS VOCÊ SEMPRE VAI SE SUPERAR. MAS SIM HAVERÁ O MOVIMENTO QUE VOCÊ MAIS VAI QUERER PRATICÁ-LO E MELHORÁ-LO CADA VEZ MAIS’’.

Entrevista - Tacianni Cajueiro Andrade

terça-feira, 17 de dezembro de 2013 0




Nome: Tacianni Cajueiro Andrade
Cidade: Aracaju-SE
Idade: 22 anos.

Fale um pouco sobre você: Baiana, jornalista, meia-direita, santista, chocólatra, amante da língua portuguesa, cabeça-dura. No fundo, queria ser pirata, cavaleiro templário, piloto de Fórmula 1, ou chefe da máfia Italiana. Gosta de pular muro e andar descalça.

Há quanto tempo você treina? Há dois, e dois meses.

Como você conheceu o parkour? Muitos anos atrás, eu vi essa parada estranha, num programa de TV. Achei legal, e fim. Não dei muita importância. Em outubro de 2010, precisando de uma pauta pra uma reportagem, pra disciplina de Telejornalismo I, um amigo sugeriu que eu entrasse em contato com a recém-formada Associação Sergipana de Parkour. Nossa proposta de programa era voltada para a linha esportiva e, eu queria mesmo era rapel. Não fazia ideia que tinha praticante de parkour no estado de Sergipe e, rapel com os bombeiros me pareceu, naquele momento, bem mais legal do que parkour, com um bando de meninos, que eu não sabia o quê, ou mesmo se renderia. Optei pelo parkour, porque não consegui agendar nada com os bombeiros, dentro do nosso prazo. Num fim de semana, fiz reconhecimento do ambiente, dos meninos, da prática; no mesmo dia, comprei meu moletom. Gravamos no dia seguinte; fiz um treino experimental; nunca mais deixei de ir.

                                         


O que você viu no parkour? Antes de qualquer coisa, me vi imensamente confortável, num ambiente totalmente alheio à minha realidade. A receptividade dos meninos foi crucial e logo me peguei criando laços com eles. Mas, mesmo voltando pelas amizades que se constroem , é preciso muito mais pra se permanecer. Parkour é diferente de qualquer outra atividade que conheci: a liberdade e infinidade nas possibilidades de movimentos, a ideia de ser tão forte, tão ágil e tão útil quanto seu corpo lhe permitir ser; a satisfação na gradação, mesmo que lenta, em alguns momentos, a adrenalina tão parceira (porque não?). Ali era, definitivamente, o meu lugar.

O que o parkour significa para você? Liberdade: Seja de movimentação, de treino, ou na desconstrução do espaço. O parkour me ajudou a quebrar preconceitos, paradigmas e convenções sociais. Amizade: escolhi, pra mim, esta outra família.

Quais foram os seus maiores desafios? A falta de preparo físico foi um balde de água fria em vários e vários treinos. Era frustrante (ainda o é) quando o corpo não obedecia, ou não aguentava o ritmo do grupo. Ganhar força exigia disciplina e, esse nunca foi o meu forte. Mas, o maior dos problemas foi ter de conviver com as lesões que se amontoaram, pelo caminho. Depois de uma lesão crônica nos joelhos, treinar machucada, limitada, sentindo dor, tem sido o mais árduo dos desafios. Fez-me desanimar em muitos momentos e readequar meu treino, adaptá-lo, até modificá-lo por completo. Foi também a maior das lições. Aprendi a treinar melhor e a ter controle do meu corpo. Percebi que não preciso ser a mais rápida, ou a que tem a maior precisão, pra continuar a treinar parkour. Percebi que o treino de parkour é diferente pra cada um e, a depender de como se treina, pode-se treinar pra sempre. E que, parkour não está entre as recomendações de nove, entre 10 ortopedistas.



Entrevista cedida ao blog: http://feminino.parkour.com.br/2013/01/tacianni-cajueiro-andrade.html

Meus 4 anos de Parkour (Por Rafael Ferreira - Finha)

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013 1



- Ei veio, isso é Parkour? Pode me ensinar?


A exatamente quatro anos atrás, eu falei isso para um desconhecido - que hoje é um bom amigo. Eu não sabia, mas havia feito um bom negócio; aquela foi uma das melhores decisões que tomei na vida (na época, eu não sabia disso também).

Comecei com os treinos, gostei e prossegui. Era muito maneiro fazer aquelas paradas! "Ser forte para ser útil!" Eu gritava isso aos sete ventos! Porra! Vou ser sincero e falar que só entendi realmente essa frase depois de anos de treino e vivência, e não tenho vergonha nenhuma de assumir isso. É até sinistro lembrar daquele momento, cara!

Claro que nada é perfeito, e não tardou para eu sentir isso. Minha mãe, coitada, pensou que eu estivesse louco - e tem toda razão para pensar - pensou que eu estivesse despirocado! Também não tardou para eu passar na cara dela o quão errada estava.

- Mas meu filho, você se machucou fazendo isso! Está na hora de parar!
(Minha mãe, dona Selma, ao ver seu pobre filho machucado depois de um treino.)
Aquela boa e velha queda na Praça da Norcon, para quem não pegou a referência...

Apesar desse medo materno, no fundo, ela sabia que eu não iria, e nem poderia parar com os treinos.


O clima em minha casa nunca foi dos melhores e era no Parkour que eu me sentia realmente feliz. E eu ouvi os conselhos desesperados de minha mãe? No, sir!

As coisas nunca foram perfeitas: Calos, dores, discussões domésticas e urbanas, sem contar os desaforos! Nunca me imaginei discutindo com guardas e policiais para manter meu direito de treinar, muito menos imaginei ser enxotado das portas das lojas!

Tenho a audácia de dizer que hoje já não imagino minha vidinha sem o Parkour e que esse caminho era realmente o melhor... melhor do que os caminhos que me foram oferecidos. Trilhei o meu próprio, e não ouvi ninguém a não ser a mim mesmo. Conheci várias figuras que influenciaram meu caráter e essas porras todas - não vou marcar ninguém nem mencionar os momentos, dá trabalho.

E é isso aí. Quatro anos se passaram e consigo encher o peito para dizer que não me arrependi de nada e que faria tudo denovo se fosse possível.


Obrigado a todos que fizeram parte dessa caminhada - que está longe de acabar! - e, finalmente, vão se foder, por que isso está ficando bonito demais.

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