> Meus 4 anos de Parkour (Por Rafael Ferreira - Finha)

Meus 4 anos de Parkour (Por Rafael Ferreira - Finha)

Posted on quinta-feira, 12 de dezembro de 2013 | 1 Comment



- Ei veio, isso é Parkour? Pode me ensinar?


A exatamente quatro anos atrás, eu falei isso para um desconhecido - que hoje é um bom amigo. Eu não sabia, mas havia feito um bom negócio; aquela foi uma das melhores decisões que tomei na vida (na época, eu não sabia disso também).

Comecei com os treinos, gostei e prossegui. Era muito maneiro fazer aquelas paradas! "Ser forte para ser útil!" Eu gritava isso aos sete ventos! Porra! Vou ser sincero e falar que só entendi realmente essa frase depois de anos de treino e vivência, e não tenho vergonha nenhuma de assumir isso. É até sinistro lembrar daquele momento, cara!

Claro que nada é perfeito, e não tardou para eu sentir isso. Minha mãe, coitada, pensou que eu estivesse louco - e tem toda razão para pensar - pensou que eu estivesse despirocado! Também não tardou para eu passar na cara dela o quão errada estava.

- Mas meu filho, você se machucou fazendo isso! Está na hora de parar!
(Minha mãe, dona Selma, ao ver seu pobre filho machucado depois de um treino.)
Aquela boa e velha queda na Praça da Norcon, para quem não pegou a referência...

Apesar desse medo materno, no fundo, ela sabia que eu não iria, e nem poderia parar com os treinos.


O clima em minha casa nunca foi dos melhores e era no Parkour que eu me sentia realmente feliz. E eu ouvi os conselhos desesperados de minha mãe? No, sir!

As coisas nunca foram perfeitas: Calos, dores, discussões domésticas e urbanas, sem contar os desaforos! Nunca me imaginei discutindo com guardas e policiais para manter meu direito de treinar, muito menos imaginei ser enxotado das portas das lojas!

Tenho a audácia de dizer que hoje já não imagino minha vidinha sem o Parkour e que esse caminho era realmente o melhor... melhor do que os caminhos que me foram oferecidos. Trilhei o meu próprio, e não ouvi ninguém a não ser a mim mesmo. Conheci várias figuras que influenciaram meu caráter e essas porras todas - não vou marcar ninguém nem mencionar os momentos, dá trabalho.

E é isso aí. Quatro anos se passaram e consigo encher o peito para dizer que não me arrependi de nada e que faria tudo denovo se fosse possível.


Obrigado a todos que fizeram parte dessa caminhada - que está longe de acabar! - e, finalmente, vão se foder, por que isso está ficando bonito demais.

Comments:1

Tecnologia do Blogger.